- Ele é um ególatra, um esnobe, individualista!
- Não estou aqui para discutir posturas de terceiros com você, quem somos nós pra julgar?
- Você não sabe o que diz, mas eu sei! Ele me traiu, eu não desisti dos nossos sonhos, ainda luto por aquela marca e ele... Ele deu as costas a tudo isso, quanto mais alimenta seus conhecimentos, estuda e a cada linha que lê de livros de grandes pensadores, um passo a menos de humildade... Um passo a menos de humanismo, é apenas um poço de sabedoria soberba.
- Chega disso! Eu não agüento mais! (aos soluços pude ver a pobre garota cobrindo o rosto com as mãos, as lágrimas em seus dedos era o sufocar dos fatos).
Estava ela falando de Arte num tom hostil, eram clássicos infantis, grandes obras!
O que os tornam viajantes de estradas diferentes: No início eram apenas jovens e banalidades que ganham prioridades em determinados contextos de uma história de vida, no outro se tornam rivais dos pontos de vista e atitudes até então ordinárias. Tornam-se escravos de suas idéias e da força que o conflito delas pode gerar.
- Eu falava de um livro, da magia de um livro, apenas isso... Não queria causar uma discussão e tão pouco fazê-lo recordar de angústias passadas...
- Sinto angústia, de fato... Não posso negar todo o sofrimento que aquele... (hesitou...).
Ela se adiantou, antes que ele voltasse a sua retórica ofensiva:
- Tudo bem, não falaremos de vocês dois, voltaremos ao tema inicial dessa conversa até então agradável.
- Mas isso tudo é culpa sua! Acaba com esse jeito cáustico e agressivo por causar sentimentos de fúria em mim, um homem com problemas de mais para certas imaturidades transpostas num diálogo cansativo e sem fundamento algum!
- Na infância eu li aquele livro, me sinto como o protagonista dele, acredito ainda, que estamos todos perdidos e buscamos onde nos encaixar, na individualidade de sermos formados por milhares de coisas, mas todas elas acopladas, num contexto onde o resultado é apenas um, um único ser de tudo aquilo e é tão difícil e complexo lidar com as diferenças.
- Me sinto perdido.
- Somos todos únicos, eu-você-ele: Talvez isso torne tão difícil julgar atitudes...
- Não retomemos essa discussão besta!
- Enfim... Era sobre o protagonista do livro infantil que eu queria dizer...
- Sobre a Arte presente desde a infância.
- Não, sobre a idéia de estar/sentir-se perdido, sendo individual apesar de viver em sociedade.
- Quem lhe apontou uma verdade há muito tempo exposta por tantos filósofos, psicólogos, pensadores, estudiosos ou até na análise simples de comportamentos, foi a obra infantil daquele autor?
- Não necessariamente... Mas talvez tenha sido o reflexo de percepções em mim contidas.
Ele parecia saber exatamente o efeito que suas perguntas causariam e já estavam causando, ela se via confusa até mesmo com suas respostas vagas...
Sua confusão começava na inversão de papéis: era posta à mesa suas perguntas, o encurralado nas dúvidas e respostas que exigiam mais prontidão e total atenção de quem está sendo questionado era o outro, era sempre o outro.
O conflito esticava-se até suas reflexões, que ele insistia em aguçar de forma sutil, mas que mesmo assim a abalava, sendo que ela não compreendia as razões desse efeito e o que lhe traria a proporcionar isso, voluntario ou involuntariamente ele provocou uma guerra no interior de uma alheia.
Ela sabia disso e havia uma revolta tão grande e um asco dessa conversa de início banal que agora se prolongava inúmeras vezes, de inúmeras formas em sua mente.
- Apresentando idéias e suas reflexões através da Arte de outrem?
- Não é bem assim... (calou-se, sem convencer e sabendo disso).
- Qual a importância da Arte para sua vida?Ela ficou parada por um tempo, assimilando as informações, se já não estivesse confusa teria a resposta em prontidão, por que hesitava dessa vez?
Sempre deixou nítida sua essencialidade, mas dessa vez era diferente... Ela temeu e recebeu a pergunta como uma tempestade de incertezas que a dominavam provocando um estado de desconforto.
Tentando passar serenidade e convicção, respondeu, desta vez sem muita prontidão mas manifestando segurança e com a cabeça erguida:
- Ela é essencial, talvez viva por ela. Isso se não vivo nela, de fato.
Triunfante! Uma atriz, uma verdadeira atriz!
Um pouco decepcionado com sua persuasão, encerram a conversa da mesma maneira que a iniciaram.
Nela provocando um alivio, foi um exaustivo interrogatório do qual prosseguiu de forma estratégica e numa perfeita atuação!
24 julho 2008
19 julho 2008
Relatos egocêntricos
Nove de junho de 2008-07-19
O nome dele era Chico e o da minha história era “A fadinha e o super-herói”, esse nome carregava um pesado fardo, responsável... Talvez de valor sentimental para outros e inspiração para alguns.
Foi assim que o nome da minha história junto com toda ela virou uma correspondência ao dono do nome Chico e de todo ele.
Qual seria o terceiro nome ao aparecer aqui? Seria aquele não sei, teria eu, o direito de saber que já indiretamente sou responsável por esse nome por todo o seu resto? Esses relatórios se perderam, talvez sem se quer existem, a forma mais utópica de sentir falta, é de tudo aquilo que não se conhece. Sinto falta daquela correspondência extraviada, interrompida, daquela que nunca vi, nunca li e que tanto quis apreciar, me emocionar, tendo a certeza de que me acrescentaria um tanto, deixando de lado a importância... Tornando desnecessário esse relato, mudando um pouco seu sentido, desconfigurando.
Passam-se textos, pensamentos e as pessoas e tudo isso e mais todo o resto sem que possamos ao menos ter acesso ou aproveitar disso e daquilo...
E por que do “possamos”, estou falando de mim, falo egocentricamente dos meus sentimentos e pensamentos e não há espaço nesse caso para reflexões com o resto da sociedade, necessito desse individualismo momentâneo e me iludir por alguns instantes de que a única razão e preocupação mundial são todas ligadas ao meu bem-estar.
Ainda não semana passada um amigo me dizia que o problema da falta de ignorância é que agregamos os problemas mundiais em nosso cotidiano, trocamos o mais sofisticado pelo mais justo e baseado nisso decido que nesse relato ignorarei o resto dos problemas mundiais e sociais (aqueles que conheço e/ou tenho noção que existem)
Tornando-me extravagante.
Voltando a causa do relato, discuti com minha terapeuta há umas duas semanas atrás de que não poderia sentir falta do que nunca vivi, ela concordou que tecnicamente eu tinha razão, mas que na prática eu poderia me frustras em determinados atos que nunca fiz e me pego em controvérsia, sinto falta do que idolatrei sem ter vivido ou possuído, não que seja a mesma coisa que “frustrações, falta daquilo que não viveu”, isto que digo são fatos pequenos e não creio que nos maiores isso seja possível, nas futilidades isso é mais aceitável.
Entendo agora porque conjugando verbos na 1ª pessoa do plural é mais digerível e menos exibicionista, agora estou me sentindo invadida e acabei por não ser clara, ah!
Cansei disso ta? Hasta!
O nome dele era Chico e o da minha história era “A fadinha e o super-herói”, esse nome carregava um pesado fardo, responsável... Talvez de valor sentimental para outros e inspiração para alguns.
Foi assim que o nome da minha história junto com toda ela virou uma correspondência ao dono do nome Chico e de todo ele.
Qual seria o terceiro nome ao aparecer aqui? Seria aquele não sei, teria eu, o direito de saber que já indiretamente sou responsável por esse nome por todo o seu resto? Esses relatórios se perderam, talvez sem se quer existem, a forma mais utópica de sentir falta, é de tudo aquilo que não se conhece. Sinto falta daquela correspondência extraviada, interrompida, daquela que nunca vi, nunca li e que tanto quis apreciar, me emocionar, tendo a certeza de que me acrescentaria um tanto, deixando de lado a importância... Tornando desnecessário esse relato, mudando um pouco seu sentido, desconfigurando.
Passam-se textos, pensamentos e as pessoas e tudo isso e mais todo o resto sem que possamos ao menos ter acesso ou aproveitar disso e daquilo...
E por que do “possamos”, estou falando de mim, falo egocentricamente dos meus sentimentos e pensamentos e não há espaço nesse caso para reflexões com o resto da sociedade, necessito desse individualismo momentâneo e me iludir por alguns instantes de que a única razão e preocupação mundial são todas ligadas ao meu bem-estar.
Ainda não semana passada um amigo me dizia que o problema da falta de ignorância é que agregamos os problemas mundiais em nosso cotidiano, trocamos o mais sofisticado pelo mais justo e baseado nisso decido que nesse relato ignorarei o resto dos problemas mundiais e sociais (aqueles que conheço e/ou tenho noção que existem)
Tornando-me extravagante.
Voltando a causa do relato, discuti com minha terapeuta há umas duas semanas atrás de que não poderia sentir falta do que nunca vivi, ela concordou que tecnicamente eu tinha razão, mas que na prática eu poderia me frustras em determinados atos que nunca fiz e me pego em controvérsia, sinto falta do que idolatrei sem ter vivido ou possuído, não que seja a mesma coisa que “frustrações, falta daquilo que não viveu”, isto que digo são fatos pequenos e não creio que nos maiores isso seja possível, nas futilidades isso é mais aceitável.
Entendo agora porque conjugando verbos na 1ª pessoa do plural é mais digerível e menos exibicionista, agora estou me sentindo invadida e acabei por não ser clara, ah!
Cansei disso ta? Hasta!
18 julho 2008
Eu pude ver a liberdade
Era loira, cabelos cacheados, olhos bem azuis e vivos ( não que eles pudessem estar mortos numa garotinha com tanta energia, o que quero dizer é que havia um brilho intenso naqueles olhos e em sua cor).
Pensando bem... Acho que seus cabelos eram lisos e negros... Pele branquinha e olhos esverdeados (ah! Aquela carinha de Branca de Neve) ou seria ruiva com muitas sardinhas? (Aquela coisa meio sueca, com um jeitinho sapeca...) Era negra! Lábios grossos e olhos de jabuticaba (sua pele reluzia, era linda!).
Já não sei qual foi a imagem que fiz da pequena garota e seus balões coloridos, eram daqueles simples, os de máquina de gás se soltarmos por um descuido... Voam alto até onde nossas vistas não possam encontrá-los.
Balões simples são como paixões... Tiram-nos o fôlego para encher, são viçosos quando cheios, brincamos... As vezes em alta outras em baixa e murcham aos poucos, devemos tomar cuidados para não estourarem, caso ocorra quando estiverem muito grandes, nos dão um susto.
Ela brincava com diversos deles, todos juntos: vermelhos, azuis, brancos, verdes... Os empurrava e eles alcançavam determinada altura, depois declinavam voltando às suas pequenas mãos estendidas como quem espera que uma prece seja atendida, eles permanecem mais tempo no ar do que no toque leve de seus dedos, mas é o suficiente para gargalhar, estendendo seu sorriso.
Passam-me como flashes histórias infantis de garotas, mas uma insiste como o reflexo da doce imagem da garotinha dos balões, ela seria aquela que ama o Sol e a Lua?
Cada um em seu determinado tempo, mas ambos na mesma intensidade...
A imagem da garota vem acompanhada de uma bela Lua, que a acompanhará até a hora de deitar, depois o Sol lhe acordará e os balões subirão e descerão ainda mais bonitos pela luz e calor de seu amado.
Como a imagem dela é tão presente se mal me lembro como ela era?
Talvez seja apenas um vulto, sua sombra... A imagem de sua alma era mais transparente, colocando à frente de qualquer característica física.
Seu riso livre de responsabilidades banais, olhar despreocupado das morais impostas e isso tudo embargado de uma inocência que o tempo ainda não pode destruir, de sonhos ainda não corrompidos...
Eu pude ver a liberdade, diante dos meus olhos na forma mais literária e abrangente, mais pura e genuína.
Ao meu caro M. Dylan
Pensando bem... Acho que seus cabelos eram lisos e negros... Pele branquinha e olhos esverdeados (ah! Aquela carinha de Branca de Neve) ou seria ruiva com muitas sardinhas? (Aquela coisa meio sueca, com um jeitinho sapeca...) Era negra! Lábios grossos e olhos de jabuticaba (sua pele reluzia, era linda!).
Já não sei qual foi a imagem que fiz da pequena garota e seus balões coloridos, eram daqueles simples, os de máquina de gás se soltarmos por um descuido... Voam alto até onde nossas vistas não possam encontrá-los.
Balões simples são como paixões... Tiram-nos o fôlego para encher, são viçosos quando cheios, brincamos... As vezes em alta outras em baixa e murcham aos poucos, devemos tomar cuidados para não estourarem, caso ocorra quando estiverem muito grandes, nos dão um susto.
Ela brincava com diversos deles, todos juntos: vermelhos, azuis, brancos, verdes... Os empurrava e eles alcançavam determinada altura, depois declinavam voltando às suas pequenas mãos estendidas como quem espera que uma prece seja atendida, eles permanecem mais tempo no ar do que no toque leve de seus dedos, mas é o suficiente para gargalhar, estendendo seu sorriso.
Passam-me como flashes histórias infantis de garotas, mas uma insiste como o reflexo da doce imagem da garotinha dos balões, ela seria aquela que ama o Sol e a Lua?
Cada um em seu determinado tempo, mas ambos na mesma intensidade...
A imagem da garota vem acompanhada de uma bela Lua, que a acompanhará até a hora de deitar, depois o Sol lhe acordará e os balões subirão e descerão ainda mais bonitos pela luz e calor de seu amado.
Como a imagem dela é tão presente se mal me lembro como ela era?
Talvez seja apenas um vulto, sua sombra... A imagem de sua alma era mais transparente, colocando à frente de qualquer característica física.
Seu riso livre de responsabilidades banais, olhar despreocupado das morais impostas e isso tudo embargado de uma inocência que o tempo ainda não pode destruir, de sonhos ainda não corrompidos...
Eu pude ver a liberdade, diante dos meus olhos na forma mais literária e abrangente, mais pura e genuína.
Ao meu caro M. Dylan
11 julho 2008
- Vamos lá, quantos filhos você tem?
Eu caminhava pela praia, numa manhã de céu acinzentado e não tinha mais noção de quantos dias passaria por ali, tenho problemas com cronologias... E isso tem se agravado ultimamente, cada vez mais... Não sei dizer ao certo quanto tempo, pois como já estou dizendo: Esse é o problema.
Durante a caminhada, percebi que não iria chover tão logo, mas que o Sol também não apareceria naquele dia, resolvi sentar na ponta de uma pedra e contemplar uma vista que há muitos não agradariam.
Conforme o vento batia em meu rosto, embaraçando meus cabelos e secando a umidade natural dos meus olhos, conformei na situação.
Eu havia me perdido, por fim...
>"Morava numa casa velha.
Era julho. As temperaturas baixavam cada dia mais e por um hábito inconstante, levantava pelas manhãs, colocava ainda mais roupas e casacos sem nunca retirar o pijama de algodão, tomava um café preto com pouco açúcar e caminhava até o Parque do Lago que havia na cidade.
Sentava num banco observava os pombos, brincava com as pedrinhas, logo os operários começavam a cercar o parque, atrasados, apressados... Havia uma grande indústria ali perto.
Mesmo assim o inverno lhe trazia a solidão, uma solidão nostálgica no verão, tornando-se completo nessa estação, ironicamente não falo, talvez seja a manifestação da alma na incoerência do ser.
Passava horas ali, no frio... Tentando buscar não se sabe o que e foram assim os invernos durante anos. Se lhe acrescentou ou não, isso não cabe a mim, estou aqui para contar a história, os sentimentos envolvidos só os mais transparentes minha percepção alcança, os outros ficam subjugados sem a certeza, talvez na auto-reflexão."
Durante sete invernos, por todas as manhãs, estive no mesmo lugar, os lugares em mim eram distintos, mas no espaço físico, como num templo era um só.
Das banalidades às minhas prioridades, era tempo e espaço de definir, analisar, compreender, aceitar e buscar nos detalhes toda complexidade.
Não pude aproveitar ou me despedir do inverno no Parque do Lago, sabia do risco que corria todo o tempo de muda-me de cidade. Nada me prende aqui, apenas o Lago, posso construir uma nova estrutura num lugar distante, afinal... A vida é feita de despedidas.
Citações em determinadas ocasiões não devem ser atribuídas, sentimentos nos entregam...
Pensando no quanto, às vezes... Torna-se difícil se expressar e arrumar algo para querer dizer... por isso, isso aqui vira um conto do nada e volta e vai...
E o que meus filhos teriam a ver com isso?
Durante a caminhada, percebi que não iria chover tão logo, mas que o Sol também não apareceria naquele dia, resolvi sentar na ponta de uma pedra e contemplar uma vista que há muitos não agradariam.
Conforme o vento batia em meu rosto, embaraçando meus cabelos e secando a umidade natural dos meus olhos, conformei na situação.
Eu havia me perdido, por fim...
>"Morava numa casa velha.
Era julho. As temperaturas baixavam cada dia mais e por um hábito inconstante, levantava pelas manhãs, colocava ainda mais roupas e casacos sem nunca retirar o pijama de algodão, tomava um café preto com pouco açúcar e caminhava até o Parque do Lago que havia na cidade.
Sentava num banco observava os pombos, brincava com as pedrinhas, logo os operários começavam a cercar o parque, atrasados, apressados... Havia uma grande indústria ali perto.
Mesmo assim o inverno lhe trazia a solidão, uma solidão nostálgica no verão, tornando-se completo nessa estação, ironicamente não falo, talvez seja a manifestação da alma na incoerência do ser.
Passava horas ali, no frio... Tentando buscar não se sabe o que e foram assim os invernos durante anos. Se lhe acrescentou ou não, isso não cabe a mim, estou aqui para contar a história, os sentimentos envolvidos só os mais transparentes minha percepção alcança, os outros ficam subjugados sem a certeza, talvez na auto-reflexão."
Durante sete invernos, por todas as manhãs, estive no mesmo lugar, os lugares em mim eram distintos, mas no espaço físico, como num templo era um só.
Das banalidades às minhas prioridades, era tempo e espaço de definir, analisar, compreender, aceitar e buscar nos detalhes toda complexidade.
Não pude aproveitar ou me despedir do inverno no Parque do Lago, sabia do risco que corria todo o tempo de muda-me de cidade. Nada me prende aqui, apenas o Lago, posso construir uma nova estrutura num lugar distante, afinal... A vida é feita de despedidas.
Citações em determinadas ocasiões não devem ser atribuídas, sentimentos nos entregam...
Pensando no quanto, às vezes... Torna-se difícil se expressar e arrumar algo para querer dizer... por isso, isso aqui vira um conto do nada e volta e vai...
E o que meus filhos teriam a ver com isso?
02 julho 2008
Paredes da nostalgia
É... Talvez eu tenha um novo post
Meus olhos fitavam num ângulo que não sei definir direito, porque não consigo entender geometria espacial!
Mas num ângulo onde nem toda aquela construção parecia banal, nem toda nostalgia, efêmera. Confortei-me ao conseguir encontrar um ângulo, mesmo sem saber qual era, onde pudesse descobrir um resto daquilo que acabou...
As paredes trancaram a liberdade nostálgica, talvez o templo de toda a nostalgia, um aglomerado de todas as lembranças que vinham e iam sem seguir ordens cronológicas, sem se preocupar com as horas e com quem as vivia ou ouvia relatos... Ali igualávamos qualquer história que seja especial e relevávamos o resto, o que importa é o que realmente nos importava.
Uma vontade reprimida de destruir as paredes, o concreto que abala minha sede do intangível, do mistério de sentir...
Aquela foi uma tarde de acasos, nada planejado e tudo acontecendo e [des]acontecendo como o acaso espera que seja, dando direito até a chopp no meio do dia, violão, fones compartilhados com Hendrix, unhadas na coxa... A nostalgia cruza seu ápice na visão ampla de uma cidade que tão pouco exploramos, com visões diferentes diante de um mesmo ângulo (talvez esse, de um pouco mais de 180º). Assuntos vão sendo despejados em pautas como se tudo aquilo fosse planejado durante muito tempo... Sendo que o “tempo” é a única razão de aquilo tudo existir...
As causas de determinadas escolhas são diferentes, mas isso não altera as mesmas escolhas e tudo parece tão óbvio e ao mesmo tempo é tão surpreendente!
O que cabe agora é cruzar as linhas da nostalgia com minha vida que ainda acontece, no agora... Se eu pudesse mudar algumas coisas, algumas posturas e atitudes passadas... Teria o feito, mas tudo é uma grande forma de aprendizado e eu sou um poço de minhas próprias histórias e profundo para caber ainda diversas delas...
Minha vida sempre é literária demais...
Não segue regras de realismo, dosagens de realidade dura e cruel... Ela sempre vem embargada de... Contos, romances, filmes franceses... Sentimentalismo... Arte! É isso, eu não sei viver, eu apenas faço arte em tempo integral.
Meus olhos fitavam num ângulo que não sei definir direito, porque não consigo entender geometria espacial!
Mas num ângulo onde nem toda aquela construção parecia banal, nem toda nostalgia, efêmera. Confortei-me ao conseguir encontrar um ângulo, mesmo sem saber qual era, onde pudesse descobrir um resto daquilo que acabou...
As paredes trancaram a liberdade nostálgica, talvez o templo de toda a nostalgia, um aglomerado de todas as lembranças que vinham e iam sem seguir ordens cronológicas, sem se preocupar com as horas e com quem as vivia ou ouvia relatos... Ali igualávamos qualquer história que seja especial e relevávamos o resto, o que importa é o que realmente nos importava.
Uma vontade reprimida de destruir as paredes, o concreto que abala minha sede do intangível, do mistério de sentir...
Aquela foi uma tarde de acasos, nada planejado e tudo acontecendo e [des]acontecendo como o acaso espera que seja, dando direito até a chopp no meio do dia, violão, fones compartilhados com Hendrix, unhadas na coxa... A nostalgia cruza seu ápice na visão ampla de uma cidade que tão pouco exploramos, com visões diferentes diante de um mesmo ângulo (talvez esse, de um pouco mais de 180º). Assuntos vão sendo despejados em pautas como se tudo aquilo fosse planejado durante muito tempo... Sendo que o “tempo” é a única razão de aquilo tudo existir...
As causas de determinadas escolhas são diferentes, mas isso não altera as mesmas escolhas e tudo parece tão óbvio e ao mesmo tempo é tão surpreendente!
O que cabe agora é cruzar as linhas da nostalgia com minha vida que ainda acontece, no agora... Se eu pudesse mudar algumas coisas, algumas posturas e atitudes passadas... Teria o feito, mas tudo é uma grande forma de aprendizado e eu sou um poço de minhas próprias histórias e profundo para caber ainda diversas delas...
Minha vida sempre é literária demais...
Não segue regras de realismo, dosagens de realidade dura e cruel... Ela sempre vem embargada de... Contos, romances, filmes franceses... Sentimentalismo... Arte! É isso, eu não sei viver, eu apenas faço arte em tempo integral.
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