Nove de junho de 2008-07-19
O nome dele era Chico e o da minha história era “A fadinha e o super-herói”, esse nome carregava um pesado fardo, responsável... Talvez de valor sentimental para outros e inspiração para alguns.
Foi assim que o nome da minha história junto com toda ela virou uma correspondência ao dono do nome Chico e de todo ele.
Qual seria o terceiro nome ao aparecer aqui? Seria aquele não sei, teria eu, o direito de saber que já indiretamente sou responsável por esse nome por todo o seu resto? Esses relatórios se perderam, talvez sem se quer existem, a forma mais utópica de sentir falta, é de tudo aquilo que não se conhece. Sinto falta daquela correspondência extraviada, interrompida, daquela que nunca vi, nunca li e que tanto quis apreciar, me emocionar, tendo a certeza de que me acrescentaria um tanto, deixando de lado a importância... Tornando desnecessário esse relato, mudando um pouco seu sentido, desconfigurando.
Passam-se textos, pensamentos e as pessoas e tudo isso e mais todo o resto sem que possamos ao menos ter acesso ou aproveitar disso e daquilo...
E por que do “possamos”, estou falando de mim, falo egocentricamente dos meus sentimentos e pensamentos e não há espaço nesse caso para reflexões com o resto da sociedade, necessito desse individualismo momentâneo e me iludir por alguns instantes de que a única razão e preocupação mundial são todas ligadas ao meu bem-estar.
Ainda não semana passada um amigo me dizia que o problema da falta de ignorância é que agregamos os problemas mundiais em nosso cotidiano, trocamos o mais sofisticado pelo mais justo e baseado nisso decido que nesse relato ignorarei o resto dos problemas mundiais e sociais (aqueles que conheço e/ou tenho noção que existem)
Tornando-me extravagante.
Voltando a causa do relato, discuti com minha terapeuta há umas duas semanas atrás de que não poderia sentir falta do que nunca vivi, ela concordou que tecnicamente eu tinha razão, mas que na prática eu poderia me frustras em determinados atos que nunca fiz e me pego em controvérsia, sinto falta do que idolatrei sem ter vivido ou possuído, não que seja a mesma coisa que “frustrações, falta daquilo que não viveu”, isto que digo são fatos pequenos e não creio que nos maiores isso seja possível, nas futilidades isso é mais aceitável.
Entendo agora porque conjugando verbos na 1ª pessoa do plural é mais digerível e menos exibicionista, agora estou me sentindo invadida e acabei por não ser clara, ah!
Cansei disso ta? Hasta!
19 julho 2008
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