18 julho 2008

Eu pude ver a liberdade

Era loira, cabelos cacheados, olhos bem azuis e vivos ( não que eles pudessem estar mortos numa garotinha com tanta energia, o que quero dizer é que havia um brilho intenso naqueles olhos e em sua cor).
Pensando bem... Acho que seus cabelos eram lisos e negros... Pele branquinha e olhos esverdeados (ah! Aquela carinha de Branca de Neve) ou seria ruiva com muitas sardinhas? (Aquela coisa meio sueca, com um jeitinho sapeca...) Era negra! Lábios grossos e olhos de jabuticaba (sua pele reluzia, era linda!).
Já não sei qual foi a imagem que fiz da pequena garota e seus balões coloridos, eram daqueles simples, os de máquina de gás se soltarmos por um descuido... Voam alto até onde nossas vistas não possam encontrá-los.
Balões simples são como paixões... Tiram-nos o fôlego para encher, são viçosos quando cheios, brincamos... As vezes em alta outras em baixa e murcham aos poucos, devemos tomar cuidados para não estourarem, caso ocorra quando estiverem muito grandes, nos dão um susto.
Ela brincava com diversos deles, todos juntos: vermelhos, azuis, brancos, verdes... Os empurrava e eles alcançavam determinada altura, depois declinavam voltando às suas pequenas mãos estendidas como quem espera que uma prece seja atendida, eles permanecem mais tempo no ar do que no toque leve de seus dedos, mas é o suficiente para gargalhar, estendendo seu sorriso.
Passam-me como flashes histórias infantis de garotas, mas uma insiste como o reflexo da doce imagem da garotinha dos balões, ela seria aquela que ama o Sol e a Lua?
Cada um em seu determinado tempo, mas ambos na mesma intensidade...
A imagem da garota vem acompanhada de uma bela Lua, que a acompanhará até a hora de deitar, depois o Sol lhe acordará e os balões subirão e descerão ainda mais bonitos pela luz e calor de seu amado.
Como a imagem dela é tão presente se mal me lembro como ela era?
Talvez seja apenas um vulto, sua sombra... A imagem de sua alma era mais transparente, colocando à frente de qualquer característica física.
Seu riso livre de responsabilidades banais, olhar despreocupado das morais impostas e isso tudo embargado de uma inocência que o tempo ainda não pode destruir, de sonhos ainda não corrompidos...
Eu pude ver a liberdade, diante dos meus olhos na forma mais literária e abrangente, mais pura e genuína.

Ao meu caro M. Dylan

Um comentário:

aalvino (: disse...

aaameei esse conto meeeu, Loo, tá de parabééns ! Gosto muuuito dos seus contos ^^ você tem que me ensinar a escreveer ! :s HSAUIS beeijos :*