23 junho 2008

Vinho branco com licor e açucar refinado...

No gosto amargo
Na nostalgia... Romântica, empírica
No embriagar sem causa...
Na melancolia, tão atroz...
Os sinais fecham, o tempo acaba e o que resta...
Sempre há um resquício daquilo tudo
Do bem... Do mal e do que pode ser pior...
A nostalgia aflora-se novamente, por mais doloroso que seja...
Ela forma-se novamente
Vamos! Supersaturada a diluição desse açúcar...
No fundo do meu copo só sobram os grãos...
O resto é uma pequena quantia de líquido pra uma imensidão formada pela poeira...
Da poeira forma-se o caos, os espaços sem preenchimentos...
Na poeira cabe toda mágoa, todo o rancor dali
Ali... Depositado junto ao escarro.

[Da melancolia, aos dias de paz; da utopia ao almejo seguro; da falta de, para o contentamento; dos momentos com riso, às lágrimas descontroladas; aos grãos...]
Dos grãos que construo um lar
Dos grãos que despejo meu mar
Dos grãos que formo as barreiras
Enchendo papos de galinhas, sobressaindo dos menores, empurrando as escórias desse mundo devastado...
Onde se formam outros grãos
E toda sociedade em cacos que se inferiorizam, transformando-se naquilo de menor.



A poesia não me faz melhor, quando tudo que tenho são os trechos do meu mundo e a prosa mal elaborada da mesma forma...

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