Reinicia... Reinicia merda!
Que vontade de jogar WAR.
A auto-tortura da resenha acabou, um pouco mais de quinhentas palavras mal elaboradas, feito às pressas de última hora (literalmente), eu odiei, mas o que importa é que a professora gostou e a minha note virá assim mesmo =)
Eu comecei falando da importância do filme “Juventude” na carreira do Bergman, depois o comparei com outros filmes dele, falei sobre o filme, voltei a compara-lo com outros filmes de Bergman elogiando seu trabalho e por fim falando da “morte”.
Mas ficou verdadeiramente ruim! Eu ia até postar no blog, mas aí me arrependi.
Vou-lhes contar mais uma dessas historinhas, mas dessa vez ela terá uma fada:
Era uma vez uma fada pequenina de uma Terra muito distante que fora deixada numa sociedade formada por três classes sociais, separados por grau de conhecimento.
A Fadinha chegou e conheceu primeiro os da segunda e terceira classe... Ela sentia uma necessidade enorme de ir além, de buscar encontrar outras pessoas, de se encontrar em outras pessoas e aí... Passou a conhecer pessoas da primeira classe por quem se encantou e passou a admirar querendo ser igual a eles... Buscando dar o melhor de si, mas eles eram poderosos demais, sua magia ia muito além do que a pobre fadinha alcançaria.
Apesar de parecer se dar bem com todas as classes e sempre tirar o melhor delas, o que mais chegava perto de uma boa convivência era com a segunda classe, mas mesmo assim a fadinha sentiu-se triste e solitária... Sentiu um grande vazio, mas não se contentou e sua sede de relações aumentava, queria voar por todos os cantos a conhecer fadas, duendes, mágicos, super-heróis...
Sua luta foi longa, buscou por todos os lados, em cada olhar e diálogo procurava atentamente se identificar e compreender, se esforçou muito e seu resultado não foi dos piores, muito pelo contrário, mostrava-se uma boa companheira.
Apesar disso... Ainda se sentia só e percebeu que aquilo era crônico, que sua carência nunca seria integralmente suprida e que deveria aprender a lidar com esse buraco, tapando-o parcialmente com essa convivência, com as relações...
As vezes é difícil pra ela, as vezes é quase incontrolável e ela mesma não se compreende e numa dessas crises onde o buraco parecia fundo e bem escuro a pequena fadinha conheceu um Super-Herói!
Ele era valente, já havia salvado seu planeta da invasão de outros várias vezes e apesar de muitos poderes ele também não tinha o controle sobre todas as situações, também errava, também tinha seus medos e a fadinha encontrou nele um amigo, um confidente. Ele não podia resolver os problemas da pequena fada, mas podia ouvi-la e sem perceber ajuda-la a amenizar seus conflitos.
Hey... Conte-me uma história?
Uma história?
É... Daquelas mágicas, com fadas e tudo! (com os olhos brilhando, sonhadores...).
Talvez não a conte, mas a desenha pra você =)
Vinte e oito de maio de 2008 – 17:08
28 maio 2008
26 maio 2008
Ócio, histórias, magia...
O maior desconforto do ócio talvez sejam as milhares de voltas em um mesmo colchão que somos obrigados a dar... Depois de longas cochiladas e do constante “nada para fazer”, vira-se de um lado, do outro, de barriga para baixo, de barriga para cima... Bah!
Que inferno constante, sem fogo, sem chamas, sem o ódio... É apenas o “nada” tão conflitante, tão óbvio e sagaz... Razões das quais nos causam profundas dúvidas e auto-interrogatórios sobre o sentido de tudo isso, sobre nossas causas, nossos atos, a dúvida de nossas dúvidas e de um instante... transformo todo o ócio em prioridade, talvez seja a causa mais nobre e importante da minha vida: Buscar seus por quês.
Tateio o abajur buscando a luz, localizo um livro... E ali [re]apago todas as perguntas e concentro-me numa narrativa transformada em obra.
Mas não paro de buscar... Por mais que tenha deixado vegetando algumas coisas, me deparo com outras e é constante... (divagando em coisas clichês como se fosse a primeira vez).
Depois do término do livro, levanto-me... Caminhando lentamente até a outra extremidade, não há pressa, não há porque ter pressa, o dia ainda está começando e ainda tenho todo seu rosto...
“Vidas alheias” são o grande mistério que não é da nossa vida, mas que nos impressiona como se fosse... Convocações, reuniões, discussões, tudo girando em torno de atos que não mudarão nossas vidas e tão pouco acrescentarão a nós algo de produtivo, é o ócio mais uma vez... É ele o responsável por todas as indiscretas conversas, inconvenientes imaginações...
Mas de estado moral e julgativo, me pego policiando a mim e a quem está comigo.
Falando em moral... Lembrei de duas passagens que me ocorreram ainda nessa semana que passou, em um dos dias desse feriado prolongado... Aliás, de três:
Em nossas relações sociais, o que fazemos além de contar histórias?
O que de fato, fazemos além de contar histórias?
Nossas vidas são histórias, isso eu já disse e torno a repetir, talvez nem tão engraçadas e instigantes quanto em obras literárias ou na arte, mas mesmo assim rendem boas risadas, ou soluços chorosos...
Assim como nossas relações sociais acabam por ser emaranhados de histórias que contamos e vivemos a arte torna-se automaticamente ou paralela a isso fonte de observação, de percepção, a arte é o reflexo de nossas vidas, é o doce transparecer da existência, um pouco mais refinado, ou dramático, um pouco mais aceitável... Mas de todas as cores e formas, ou sem elas... é simplesmente onde cabe o “nada”, isso tudo é nada quando se acaba a vida... Não que a morte não seja também manifestada através da arte e das pessoas, mas por trás de toda a morte há pelo menos uma vida e essa é a protagonista, mesmo que indiretamente...
Mas voltando ao que me ocorreu, pedi a três pessoas diferentes que me contassem uma história, impus as três apenas um fator quase que essencial nelas(digo quase, porque perdeu seu sentido depois de ouvi-las): Que houvesse magia, talvez fadas muitas delas... mas que fosse tudo mágico.
A primeira pessoa: Contou-me uma história onde um casal teria que escolher entre deixar viver um desconhecido ou ganhar uma fortuna...
A segunda pessoa: Falou sobre um cara que decepcionado com as guerras, com o amor em abundância (liberdade) e todas as repreensões que o sistema, a sociedade impunha, sai pelo mundo com seu carro ao som de Hendrix...
Das duas histórias que me contaram (apenas sintetizei aqui) não encontrei a magia ou as fadas de imediato (talvez ainda as esteja procurando).
Fico me perguntando se essas pessoas realmente acham nisso a magia, se pra elas a magia está em histórias como essas? E o que seria pra mim a magia? Seria mesmo nas fadas?...
A história da segunda pessoa, por mais que ela mesma tenha me revelado que não apreciava histórias de fadas e magia, encontro mais viva a imagem da “magia”, talvez seja porque em mim encontro uma longa e inexplicável “frustração” e na história, ele se livra disso tudo, talvez ele esteja fugindo, mas não importa... O que importa é que não há mais aquele apego aos resquícios.
Na história da primeira pessoa, apenas me pareceu mais uma dessas lições de moral que ouvimos durante os dias rotineiros que tem como finalidade nos fazer pessoas melhores, mais justas, com valores... No fim dela: A esposa sem a permissão do marido resolve apertar o botão que mataria alguém desconhecido e lhe traria o dinheiro, levam o “botão” dela e entregam a alguém desconhecido dela. (há!)
E a terceira pessoa?
Bom... A terceira pessoa não contou a história, não sei se teve medo da “magia” ou se contaria algo que aos olhos de uma pessoa qualquer não seria mágico, mas que aos dela seriam e isso acabaria por revelar um segredo a mim, pessoa descabida dos mistérios de sua existência!
Talvez das três histórias, essa tenha sido a mais misteriosa, pelo fato de ser ausentada... De não ter sido revelada e nem ao menos sei o motivo!
Uma: moralista; outra: sonhadora; a terceira... Eu posso criar, ou não posso?
Era uma vez um garotinho latino americano que vivia batendo com um pauzinho nas coisas e assobiando, adorava descobrir novos sons!
Um dia na escola, a professora de música levou uns desenhos e contou para turma a lenda dos índios tukanos sobre o UAKTI:
Que inferno constante, sem fogo, sem chamas, sem o ódio... É apenas o “nada” tão conflitante, tão óbvio e sagaz... Razões das quais nos causam profundas dúvidas e auto-interrogatórios sobre o sentido de tudo isso, sobre nossas causas, nossos atos, a dúvida de nossas dúvidas e de um instante... transformo todo o ócio em prioridade, talvez seja a causa mais nobre e importante da minha vida: Buscar seus por quês.
Tateio o abajur buscando a luz, localizo um livro... E ali [re]apago todas as perguntas e concentro-me numa narrativa transformada em obra.
Mas não paro de buscar... Por mais que tenha deixado vegetando algumas coisas, me deparo com outras e é constante... (divagando em coisas clichês como se fosse a primeira vez).
Depois do término do livro, levanto-me... Caminhando lentamente até a outra extremidade, não há pressa, não há porque ter pressa, o dia ainda está começando e ainda tenho todo seu rosto...
“Vidas alheias” são o grande mistério que não é da nossa vida, mas que nos impressiona como se fosse... Convocações, reuniões, discussões, tudo girando em torno de atos que não mudarão nossas vidas e tão pouco acrescentarão a nós algo de produtivo, é o ócio mais uma vez... É ele o responsável por todas as indiscretas conversas, inconvenientes imaginações...
Mas de estado moral e julgativo, me pego policiando a mim e a quem está comigo.
Falando em moral... Lembrei de duas passagens que me ocorreram ainda nessa semana que passou, em um dos dias desse feriado prolongado... Aliás, de três:
Em nossas relações sociais, o que fazemos além de contar histórias?
O que de fato, fazemos além de contar histórias?
Nossas vidas são histórias, isso eu já disse e torno a repetir, talvez nem tão engraçadas e instigantes quanto em obras literárias ou na arte, mas mesmo assim rendem boas risadas, ou soluços chorosos...
Assim como nossas relações sociais acabam por ser emaranhados de histórias que contamos e vivemos a arte torna-se automaticamente ou paralela a isso fonte de observação, de percepção, a arte é o reflexo de nossas vidas, é o doce transparecer da existência, um pouco mais refinado, ou dramático, um pouco mais aceitável... Mas de todas as cores e formas, ou sem elas... é simplesmente onde cabe o “nada”, isso tudo é nada quando se acaba a vida... Não que a morte não seja também manifestada através da arte e das pessoas, mas por trás de toda a morte há pelo menos uma vida e essa é a protagonista, mesmo que indiretamente...
Mas voltando ao que me ocorreu, pedi a três pessoas diferentes que me contassem uma história, impus as três apenas um fator quase que essencial nelas(digo quase, porque perdeu seu sentido depois de ouvi-las): Que houvesse magia, talvez fadas muitas delas... mas que fosse tudo mágico.
A primeira pessoa: Contou-me uma história onde um casal teria que escolher entre deixar viver um desconhecido ou ganhar uma fortuna...
A segunda pessoa: Falou sobre um cara que decepcionado com as guerras, com o amor em abundância (liberdade) e todas as repreensões que o sistema, a sociedade impunha, sai pelo mundo com seu carro ao som de Hendrix...
Das duas histórias que me contaram (apenas sintetizei aqui) não encontrei a magia ou as fadas de imediato (talvez ainda as esteja procurando).
Fico me perguntando se essas pessoas realmente acham nisso a magia, se pra elas a magia está em histórias como essas? E o que seria pra mim a magia? Seria mesmo nas fadas?...
A história da segunda pessoa, por mais que ela mesma tenha me revelado que não apreciava histórias de fadas e magia, encontro mais viva a imagem da “magia”, talvez seja porque em mim encontro uma longa e inexplicável “frustração” e na história, ele se livra disso tudo, talvez ele esteja fugindo, mas não importa... O que importa é que não há mais aquele apego aos resquícios.
Na história da primeira pessoa, apenas me pareceu mais uma dessas lições de moral que ouvimos durante os dias rotineiros que tem como finalidade nos fazer pessoas melhores, mais justas, com valores... No fim dela: A esposa sem a permissão do marido resolve apertar o botão que mataria alguém desconhecido e lhe traria o dinheiro, levam o “botão” dela e entregam a alguém desconhecido dela. (há!)
E a terceira pessoa?
Bom... A terceira pessoa não contou a história, não sei se teve medo da “magia” ou se contaria algo que aos olhos de uma pessoa qualquer não seria mágico, mas que aos dela seriam e isso acabaria por revelar um segredo a mim, pessoa descabida dos mistérios de sua existência!
Talvez das três histórias, essa tenha sido a mais misteriosa, pelo fato de ser ausentada... De não ter sido revelada e nem ao menos sei o motivo!
Uma: moralista; outra: sonhadora; a terceira... Eu posso criar, ou não posso?
Era uma vez um garotinho latino americano que vivia batendo com um pauzinho nas coisas e assobiando, adorava descobrir novos sons!
Um dia na escola, a professora de música levou uns desenhos e contou para turma a lenda dos índios tukanos sobre o UAKTI:
Uakti era um ser mitológico que vivia
às margens do Rio Negro. Seu corpo era repleto de
furos que ao serem atravessados pelo vento emitiam sons que encantavam as
mulheres da tribo. Os homens perseguiram Uakti e o mataram. No local onde seus
restos foram enterrados nasceram palmeiras que os
índios usaram para fazer flautas de som
encantador como os produzidos pelo corpo de Uakti.
Depois de contar a história ela apresentou uma flauta doce e todos os alunos insistiram para que ela tocasse o instrumento tão curioso e inédito aos olhos dos pequenos meninos.
Ela tocou e o garotinho latino ficou admirado diante de tal som, era lindo e encantador!
Desse dia em diante encontrou sua missão.
A missão da sua vida estava na música, mais precisamente nos instrumentos de sopro e foi nisso que buscou aprimoramento.
Hoje ele é um latino americano que toca gaita e flauta maravilhosamente bem, mostrando através do sua missão, trabalho, prazer (como queiram chamar) o que há de mais lindo no mundo.
Talvez minha história não tenha fadas também... mas acho mágico o poder de uma paixão de mover o sentido de nossas vidas (se é que sobra alguma lógica tirando todo o sentimentalismo dessa frase).
Ela tocou e o garotinho latino ficou admirado diante de tal som, era lindo e encantador!
Desse dia em diante encontrou sua missão.
A missão da sua vida estava na música, mais precisamente nos instrumentos de sopro e foi nisso que buscou aprimoramento.
Hoje ele é um latino americano que toca gaita e flauta maravilhosamente bem, mostrando através do sua missão, trabalho, prazer (como queiram chamar) o que há de mais lindo no mundo.
Talvez minha história não tenha fadas também... mas acho mágico o poder de uma paixão de mover o sentido de nossas vidas (se é que sobra alguma lógica tirando todo o sentimentalismo dessa frase).
I Ching - Uakti
24 maio 2008
Era uma vez um Diário Literário...
Oscilações longas ou breves de humor sejam biológicos ou meros sentimentos que afloram e... de um jeitinho ou de outro vão se encaixando e tomando alguns espaços, aconchegam, se esparramam... Isso tudo tem a ver que na forma literária encontrei (egocentricamente) meu medo de discernir onde e como devo [des]apegar-me a essas enfermidades que me compõem.
Quantas foram as vezes e vontades de criar um diário já não tomaram conta de mim...
A idéia de um “diário” é tão individualista... é como expor a você mesma idéias do seu dia-a-dia, reavaliar os fatos, organiza-los em palavras e num texto com sentido (começo-meio-fim).
De um outro lado: É seu próprio crescimento, amadurecer idéias e pensamentos...
Bah... A vida real é muito monótona, rotineira, passiva...
O Diário pode ser meu, sendo meu... Escrevo como quero!
Posso transformá-lo em literário, posso inserir príncipes, castelos... Ou talvez mais esquizofrênico... Nada de tão surreal, mas nem tão “comportado”.
E assim abro um leque de fantasias nem tão cômicas, magias nem tão trágicas, abro o tempo e o fecho, faço os dias e em linhas tortas ou retas vou decifrando onde e como quero chegar a qualquer(nenhum) lugar!
Que da ARTE surgirão e pra ARTE servirão....
Quantas foram as vezes e vontades de criar um diário já não tomaram conta de mim...
A idéia de um “diário” é tão individualista... é como expor a você mesma idéias do seu dia-a-dia, reavaliar os fatos, organiza-los em palavras e num texto com sentido (começo-meio-fim).
De um outro lado: É seu próprio crescimento, amadurecer idéias e pensamentos...
Bah... A vida real é muito monótona, rotineira, passiva...
O Diário pode ser meu, sendo meu... Escrevo como quero!
Posso transformá-lo em literário, posso inserir príncipes, castelos... Ou talvez mais esquizofrênico... Nada de tão surreal, mas nem tão “comportado”.
E assim abro um leque de fantasias nem tão cômicas, magias nem tão trágicas, abro o tempo e o fecho, faço os dias e em linhas tortas ou retas vou decifrando onde e como quero chegar a qualquer(nenhum) lugar!
Que da ARTE surgirão e pra ARTE servirão....
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