Era tudo o oposto. Tinham idéias
avessas e mil e um motivos para não se gostarem.
De alguma forma ela sabia algo
que ele aparentemente não havia se dado conta, mas que era inevitável: Ele a
desejava.
E saber disso, pra ela, era pura
vaidade, talvez fetiche, aquela coisa “shakespeariana”.
Com o tempo ele se deu conta:
conflitos internos... Aceitar de que ela lhe fazia bem era muito difícil, era
pra além do desejo.
E a vaidade dela, deu espaço a
outro sentimento
“Você me faz sorrir sem motivo
aparente...”
E os dias difíceis o fazia ter
vontade de tê-la em seus braços
“Queria te dar um abraço bem apertado agora”
E é um exercício de aceitar as
diferenças, de respeitar as pessoas e descobrir o que elas tem de melhor,
independente do resto, de qualquer coisa.
Reinventaram os signos, mudaram a
lógica dos astros para ficar tudo a favor deles. Deixaram pra fora os conflitos
e os pontos divergentes e juntos dividiam conforto, alegria e companheirismo.
E um dia os desejos e a vontade
de estar junto, o bem que faziam um para o outro e os sorrisos que arrancavam que
se escancarava no semblante cansado e conflituoso das rotinas conturbadas e já
não dava pra fingir e nem deixar de forma tímida.
Era visceral, era uma vontade
louca e a carência virou desejo; a vaidade virou vontade; e o fetiche... Talvez
ainda fetiche fosse.
A distância os impedia de fazer
tudo que queriam, no momento que queriam, mas a imaginação nos leva para onde a
gente quer e imaginar junto é tornar o [im]possível real.
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